Nem sempre Bial foi solto assim. Ele entrou na Globo em 1981 e em 1988 tornou-se correspondente em Londres. Cobriu guerras e foi quem anunciou para o Brasil o fim da URSS.
De volta ao Brasil, em 1996 Bial assumiu o comando do "Fantástico", ao lado de Glória Maria, e foi bastante criticado - ele, que havia presenciado a queda do Muro de Berlim e a Guerra do Golfo, era considerado sério e respeitado demais para um programa popular.
No início de 2002 veio a reviravolta e, com ela, uma saraivada de críticas pesadas: Pedro Bial surgiu como apresentador da primeira edição do "Big Brother Brasil" e não saiu mais desse posto.
Bial nunca se importou com as opiniões de quem reprova seus passos fora do jornalismo e mostra seu lado poeta sempre que pode (os discursos de eliminação do BBB são prova semanal disso). Em 2003, emprestou a voz para o discurso musicado "Filtro Solar", sucesso no mundo todo por sua versão em inglês, "Everybody's Free (To Wear Sunscreen", dirigida por Baz Luhrmann.
Sinal de que as críticas pouco importam, foi a Pedro Bial que as Organizações Globo deram a honra de escrever a biografia de Roberto Marinho, seu presidente, que morreu em 2003. "Foi a maior reportagem que já realizei", declarou o jornalista na ocasião do lançamento do livro, em 2004.
Nos intervalos entre as edições do BBB, Bial exerce jornalismo político. Em 2006, cobriu as eleições presidenciais para o "Jornal Nacional", ao lado de William Bonner e Fátima Bernardes.
E a popularidade conquistada no BBB fez com que suas aparições para o quadro "Caravana JN" virassem eventos. Houve dia em que Bial reuniu 3 mil pessoas em Petrolina, Pernambuco.
Em 2007, o jornalista conseguiu concretizar um projeto antigo: o "É Muita História", escrito com Eduardo Bueno e apresentado no "Fantástico". A cada semana, os episódios recriavam com humor os principais fatos históricos do Brasil.
No final de 2008, a missão de Bial foi política novamente: enviado a Nova York, ele cobriu a eleição presidencial dos EUA. Ele contava nos telejornais da Globo como estava o clima antes da eleição de Barack Obama.
Ex-jogador de basquete - chegou a ser da seleção brasileira juvenil -, no futebol Bial é apaixonado pelo Fluminense.
Um pouco de vida pessoal: Bial, que nos documentos é Pedro Bialski, é casado com a cineasta Isabel Diegues, filha de Cacá Diegues e Nara Leão, desde 2000. O filho do casal, José Pedro, tem 6 anos.
Suas ex-mulheres são a jornalista Reneé Castelo Branco (com quem teve Ana, de 21 anos) e as atrizes Fernanda Torres e Giulia Gam (com quem teve Theo, de 10 anos).
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